Eu conto a história dos outros que pisaram aqui, mas a minha história mesmo eu não sei contar. Não tenho nada que me una a essas pessoas, a não ser esse lugar, o único onde existo.
Aqui em Francisco Beltrão a chuva sempre chega de surpresa e com força para se apagar um incêndio. Água em desmedida que lava a alma daqueles que contém as memórias.
Ela trouxe Roberto aqui, que procurou abrigo já que a rua não parecia tão segura em meio a tempestade. Não que o teatro parecesse, mas algo a mais o fez entrar aqui...
Roberto era sensível demais. Espírita, desde o primeiro momento em que pisou em Dionísio pôde sentir minha presença. Ele poderia me ajudar? Talvez! Exceto se a construtora onde trabalhava resolvesse mesmo demolir esse velho teatro para fazer um estacionamento.
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