quinta-feira, 9 de novembro de 1995

Roberto


Eu conto a história dos outros que pisaram aqui, mas a minha história mesmo eu não sei contar.  Não tenho nada que me una a essas pessoas, a não ser esse lugar, o único onde existo.

Aqui em Francisco Beltrão a chuva sempre chega de surpresa e com força para se apagar um incêndio. Água em desmedida que lava a alma daqueles que contém as memórias.

Ela  trouxe Roberto aqui, que procurou abrigo já que a rua não parecia tão segura em meio a tempestade. Não que o teatro parecesse, mas algo a mais o fez entrar aqui...

Roberto era sensível demais. Espírita,  desde o primeiro momento em que pisou em Dionísio pôde sentir minha presença. Ele poderia me ajudar? Talvez! Exceto se a construtora onde trabalhava resolvesse mesmo demolir esse velho teatro para fazer um estacionamento.





Nenhum comentário:

Postar um comentário